terça-feira, 17 de agosto de 2010

BRASIL - Balão Brasil - Dirigível Nº1 - Efígie SDumont - 1998.

Data de emissão, 18/07/1998.
Picotagem, 11 1/2 x 12.
Processo de Impressão, Offset.
Papel, Couché, gomado, com a fosforescência impressa nas margens.
Tiragem, 3.600.000
Desenho, Michel Mittmann.
Folha, 30 selos.
Valor Facial, R$ 0,31 cada.
Área dos desenhos, 35x25mm.
Dimensões dos selos, 40x30mm.
Impressão, Casa da Moeda do Brasil.
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EDITAL
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SÉRIE AVIAÇÃO: BALÃO BRASIL E DIRIGíVEL Nº1

Nesta emissão de selos são focalizadas duas grandes invenções do aeronauta e inventor brasileiro Alberto Santos-Dumont: o Balão Brasil e o Dirigível nº 1.

BALÃO BRASIL

Foi o seu primeiro balão, "o menor, o mais lindo, o único que teve um nome" segundo o próprio Alberto Santos-Dumont afirmou.

Durante sua ascensão, como passageiro, a bordo de um balão de 750m3 e pilotado pelo francês Machuron, a emoção que Santos-Dumont sentiu deixou-o completamente entusiasmado com a aerostação, e a decisão de construir seu próprio balão foi imediata.

Quando Santos-Dumont apresentou à firma Lachambre & Machuron as especificações do balão: 100m3 e envelope em seda japonesa, ficaram espantadíssimos e procuraram convencê-lo da inviabilidade de tal máquina poder voar por falta de estabilidade, além do que, a sede japonesa não oferecia suficiente resistência.

Nosso compatriota provou com testes que a seda japonesa, apesar de bem mais leve do que a chinesa, era 30% mais resistente e que, usando cordas de suspensão maiores, resolveria o problema da estabilidade.

Foi o que fizeram e o "Brasil" mostrou-se notavelmente estável, dócil e manejável no ar. Sua maior vantagem, no entanto, era a facilidade com que podia ser transportado. O invólucro com as camadas de verniz pesava 14 quilos, a rede que normalmente chegava a 50 quilos, neste minúsculo balão não passava de 1 .800 gramas e a barquinha com apenas 6 quilos era bem diferente das demais que pesavam 30 quilos. Resultado: 21 quilos e 800 gramas e um volume mínimo, o que, segundo Santos-Dumont, foi o motivo de espalharem que ele o transportava numa maleta.

DIRIGíVEL Nº 1

Criado, com sucesso, o balão, o grande desafio agora, para Santos-Dumont, seria dar a dirigibilidade ao mesmo, uma vez que esta empreitada já fora tentada e abandonada por outros, pela falta de um motor adequado. Motores a vapor e elétricos pesavam muito para a potência que desenvolviam.

Grande conhecedor de mecânica, amante de automóveis e motocicletas, com o auxílio de Anzani, um mecânico cuja oficina fiicava próxima à sua residência, montou um motor de 3,5 cavalos peesando apenas 30 quilos.

Construído, o Santos-Dumont nº 1 tinha 25 metros de comprimento e 3,5 de diâmetro, capacidade de 180m3, o mínimo neecessário para sustentar piloto e aeronave, e apresentava a forma de um charuto.

Após uma primeira tentativa malograda, quando seguindo as sugestões de outros pilotos de balão, decolou com vento de cauda e colidiu com as árvores ao final da pista, consertou-o e com ele voou sobre Paris, mostrando a versatilidade do aparelho que movia-se agora com comando nas três direções. Isto aconteceu há cem anos, no mês de setembro de 1898, e Santos-Dumont consagrou-se como o primeiro homem que conseguiu soltar-se de um ponto na terra, subir aos ares e voltar ao mesmo lugar de partida. Estava conquistada a dirigibilidade dos balões.

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